Malha de Aterramento

A degradação de malhas de aterramento de uma subestação, provocada por má conexão,corrosão, solicitações elétricas e mecânicas, problemas de montagem/comissionamento ineficiente e vandalismo pode causar problemas de continuidade elétrica, defeitos e falhas nas malhas, podendo provocar choques elétricos ou comprometimento da resistência global da malha.


A NBR - ABNT 5419-3:2015 (item 7.5.1 d) exige o registro dos ensaios realizados no eletrodo de aterramento e outras medidas tomadas em relação à prevenção contra tensões de toque e passo.


A NR-10 – MTE (item 10.2.4 b) exige a documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos.


Conforme AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) realizado nas subestações da Cemig tornam-se necessárias ações de acompanhamento, medições e manutenções na malha de aterramento, devidamente registradas, no intuito de manter sua integridade e eficiência.


PERIODICIDADE DE INSPEÇÕES E MEDIÇÕES


As avaliações da malha de terra das subestações deverão ser realizadas:


De forma periódica:


Inspeções visuais semestrais apontando eventuais pontos deteriorados no sistema de aterramento da instalação;


Medições anuais na malha, conforme esta instrução.


De forma não periódica:


Inspeções e medições após ocorrências no sistema elétrico cuja análise aponte para prováveis danos à malha de aterramento;


Inspeções e medições após realização de obras dentro da subestação que possam envolver intervenções na malha de aterramento ou aterramentos de equipamentos.


CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS


O resultado esperado, caso o trecho da malha de aterramento medido esteja com a continuidade e resistência satisfatória, deve ser de até 0,5 para cada par de pontos.


Caso o resultado obtido esteja acima de 0,5 deve ser refeita a medição, verificando o aperto das conexões do circuito, as superfícies de contato, a condição do cabo auxiliar e do terrômetro alicate.


Se mesmo após a realização das ações do item anterior, o valor medido permanecer acima de 0,5 , pode-se inferir que o circuito tenha um ponto aberto ou esteja com má conexão, caracterizando um resultado anormal.


Os valores acima de 0,5 devem ser registrados com abertura de nota de manutenção (Tipo T2 – SAP/R3) associada ao ponto identificado para as devidas correções/verificações.


As exceções, como valores de toda a malha acima do parâmetro de referência (0,5 ) devem ser pesquisadas nos documentos de memória de cálculo da malha de aterramento ou com as áreas de engenharia e projeto.


Deve ser feita a identificação (por exemplo: alfa-numérica) dos pontos de medição (pátio e sala de controle) afim de facilitar o preenchimento dos formulários padronizados (anexos 1 e 2) e permitir o registro e acompanhamento das medições ao longo do tempo.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Deve-se assegurar que a malha de aterramento cumpra seus objetivos técnicos e de segurança, portanto, torna-se fundamental que os valores encontrados nas medições sejam acompanhados para facilitar o monitoramento e identificação de possíveis alterações/degradações ou diminuição da resistência ôhmica (impedância) da malha de aterramento ao longo do tempo.


Para isto, tornam-se importantes os registros, nos formulários padronizados, de todas as medições realizadas na periodicidade adequada. Os resultados das medições realizadas na Malha de Aterramento deverão compor o histórico e documentação da instalação para fins de controle, fiscalizações e auditorias.






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